domingo, 14 de novembro de 2010

Os desejos de Nelson Mandela

Nelso- Que a África do Sul pertence a todos os que nela vivem, negros e brancos, e que nenhum governo pode afirmar autoridade a menos que se baseia na vontade de todos os povos;


- Que nosso povo tem roubado de sua terra de nascença, a liberdade ea paz, uma forma de governo fundado na injustiça e da desigualdade;


- Que o nosso país nunca será próspero e livre até que todo o nosso povo viver em fraternidade, que gozam de direitos e oportunidades iguais;


- Que somente um estado democrático, baseado na vontade de todos os povos, pode garantir a todos o seu direito de primogenitura, sem distinção de cor, raça, sexo ou crença;


- E, portanto, nós, o povo da África do Sul, negros e brancos juntos iguais, compatriotas e irmãos adoptar esta Carta da Liberdade;


- E nós nos comprometemos a lutar em conjunto, poupando nem a força nem coragem, até que as mudanças democráticas aqui estabelecidas foram ganhas.




O POVO GOVERNARÁ!




- Cada homem e cada mulher tem o direito de voto e de elegibilidade de todos os órgãos que fazem as leis; Todas as pessoas têm o direito de tomar parte na administração do país;


- Os direitos do povo será a mesma, independentemente de raça, cor ou sexo;


- Todos os órgãos de governo minoritário, conselhos consultivos, conselhos e entidades devem ser substituídos por órgãos democráticos de auto-governo.




TODOS OS GRUPOS NACIONAIS TÊM IGUALDADE DE DIREITOS!




- Não haverá estatuto de igualdade nos órgãos do Estado, nos tribunais e nas escolas de todos os grupos nacionais e raças;


- Todos os povos têm igual direito de utilizar suas próprias línguas, e desenvolver a sua própria cultura popular e costumes;


- Todos os grupos nacionais devem ser protegidos por lei contra os insultos à sua raça e orgulho nacional;


- A pregação ea prática da corrida nacional, ou a discriminação de cor e desprezo deve ser um crime punível; Todas as leis do apartheid e práticas deve ser anulado.




O POVO DEVE COMPARTILHAR DA RIQUEZA DO PAÍS!




- A riqueza nacional do nosso país, a herança dos sul-africanos, devem ser restauradas para o povo;


- A riqueza mineral sob o solo, os bancos e o monopólio da indústria devem ser transferidos para a propriedade do povo como um todo;


- Toda a indústria e comércio deverão ser controlados para ajudar o bem-estar do povo;


- Todas as pessoas devem ter direitos iguais ao comércio onde escolher, para a fabricação e entrar todos os ofícios, ofícios e profissões.




A TERRA DEVE SER COMPARTILHADA COM AQUELES QUE TRABALHAM NELA!




- Restrições da propriedade da terra em uma base racial devem ser eliminadas e toda a terra deve ser dividida entre aqueles que trabalham para banir a fome e a fome de terra;


- O Estado deve ajudar os camponeses com implementos, sementes, tratores e represas para salvar o solo e ajudar os perfilhos;


- Liberdade de circulação deve ser garantida a todos os que trabalham na terra;


- Todos têm o direito de ocupar a terra onde venham a escolher;


- As pessoas não devem ser privadas de seu gado e os trabalhos forçados e prisões agrícolas devem ser abolidas.




TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI!




- Ninguém pode ser preso, deportado ou restrito, sem um julgamento justo;


- Ninguém pode ser condenado por ordem de um funcionário do Governo;


- Os tribunais devem ser representativos de todo o povo;


- Prisão deve ser apenas para crimes graves contra as pessoas e deve visar à reeducação, não vingança;


- A polícia e o exército deverão ser abertos à todos em igualdade de condições e devem ser os ajudantes e protetores do povo;


- Todas as leis que discriminam por motivos de raça, cor ou crença devem ser revogadas.




TODOS GOZAM DE IGUALDADE DE DIREITOS HUMANOS!




- A lei garante a todos o seu direito de falar, de organizar, se reunir, a publicar, para pregar, para adorar e para educar os seus filhos;


- A privacidade da casa das batidas policiais são protegidos por lei;


- Todos devem ter a liberdade de viajar, sem restrição do campo para a cidade e de província para província, e da África do Sul no exterior;


- As leis de passe, licenças e todas as outras leis restringindo as liberdades devem ser abolidos.




HAVERÁ TRABALHO E SEGURANÇA!




- Todos os que trabalham devem ter a liberdade de formar sindicatos, para eleger os seus oficiais e de fazer acordos salariais com os empregadores;


- O Estado reconhece o direito e o dever de todos para o trabalho e deve elaborar prestações de desemprego total;


- Homens e mulheres de todas as raças devem receber salário igual para trabalho igual;


- Haverá quarenta horas semanais de trabalho, um salário mínimo, férias anuais remuneradas, licença por doença e para todos os trabalhadores, e licença de maternidade na remuneração total para todas as mães que trabalham;


- Os mineiros, trabalhadores domésticos, trabalhadores rurais e funcionários públicos devem ter os mesmos direitos que todos os outros que trabalham;


- O trabalho infantil, trabalho composto, o sistema de tot e contrato de trabalho devem ser abolidos.




AS PORTAS PARA A CULTURA E O APRENDIZADO DEVEM SER ABERTAS!




- O governo deve descobrir, desenvolver e incentivar o talento nacional para o reforço da nossa vida cultural;


- Todos os tesouros culturais da humanidade serão aberto a todos, por livre troca de livros, idéias e contato com outras terras;


- O objetivo da educação é ensinar os jovens a amar seu povo e sua cultura, de honrar a fraternidade humana,da liberdade e da paz;


- A educação deve ser gratuita, obrigatória, universal e igual para todas as crianças, ensino superior e formação técnica, serão abertos a todos por meio de subsídios estatais e bolsas concedidas com base no mérito;


- O Analfabetismo adulto deve ser eliminado por um plano de ensino de massa pelo Estado;


- Os professores devem ter todos os direitos dos outros cidadãos;


- A distinção de cores na vida cultural, no desporto e na educação deve ser abolida.




HAVERÁ CASAS, SEGURANÇA E CONFORTO!




- Todas as pessoas devem ter o direito de viver onde escolher, dispor de moradia digna, e para trazer sua família com conforto e segurança;


- Espaço de habitação não utilizada deve ser colocado à disposição do povo; Taxas e preços devem ser reduzidos, a comida abundante e ninguém deverá passar fome;


- Um sistema de saúde preventiva deve ser executado pelo Estado;


- Assistência médica gratuita e de hospitalização deve ser fornecida para todos, com atenção especial para as mães e crianças jovens;


- Favelas devem ser demolidas, e os subúrbios reconstruídos no local onde todos têm transporte, estradas, iluminação, campos de jogos, creches e centros sociais;


- Os idosos, os órfãos, os deficientes e os doentes devem ser tratados pelo Estado;


- Descanso, lazer e recreação são direitos de todos;


- Guetos e locais cercados serão eliminadas, e as leis que quebram as famílias devem ser revogadas.




HAVERÁ PAZ E AMIZADE!




- A África do Sul será um Estado totalmente independente, que respeita os direitos e a soberania de todas as nações;


- A África do Sul deve se esforçar para manter a paz no mundo e à resolução de todos os conflitos internacionais pela via da negociação - a guerra não;


- Paz e amizade entre todos os nossos povos serão garantidos por defender a igualdade de direitos, oportunidades e qualidade de todos;


- O povo dos protetorados Basutoland, Bechuanaland Suazilândia estarão livres para decidir por si seu próprio futuro;


- O direito de todos os povos da África para a independência e auto-governo deve ser reconhecido e será a base de uma cooperação estreita.


Postado por Matheus Gomes

A Escravidão no Brasil

No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.

O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.

Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.

Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.
As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.

No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas.

O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.

A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.
Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.
Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.

Postado por Gabriel Rodrigues

Ku-Klux-Klan

Fundado em 1866 no Tennessee, Estados Unidos, após o final da Guerra Civil americana. O Ku-Klux-Klan(KKK) tinha como objetivo impedir a integração social dos negros recém-libertados, como por exemplo, adquirir terras, ter direitos concedidos aos outros cidadãos, como votar.

Seus integrantes usavam capuz branco e roupão para esconder a identidade e aterrorizar suas vitimas. A sociedade secreta e racista, Ku-Klux-Klan, era presidida por um “Grande Sacerdote” e, abaixo deste, havia uma rígida hierarquia de cargos.

Em 1882, a Suprema Corte do país declarou inconstitucional a existência da Ku-Klux-Klan, mas ressurgiu em 1915 de forma legal na cidade de Atlanta, Estado da Geórgia.

Mas a partir deste momento sua doutrina não era unicamente o racismo aos negros, agora se estendia ao nacionalismo e xenofobia (aversão a estrangeiros). O símbolo da nova organização era uma cruz em chamas. A organização existe até os dias atuais.

Postado por Tulio

Negros que conquistaram o mundo --> Beyonce

A cantora nasceu em Houston, Texas, no ano de 1981. Desde pequena cantou em corais de igreja. Em 1990, monta, com sua prima Kelly Rowland e mais duas amigas, a banda que a levaria ao estrelato: Destiny's Child.

Depois da banda lançar singles como “No No No”, “Bills Bills Bills”, “Say My Name” e “Jumpin Jumpin” e faturar alguns prêmios, Beyoncé decide seguir carreira solo. Em 2003, grava “Dangerously In Love”, álbum considerado maior revelação de R&B dos últimos tempos e ganhador de 5 Grammys. Traz os hits top-one no mundo todo “Crazy In Love” e “Baby Boy”.

Em 2006, Beyoncé lança seu segundo CD “B'Day”, arrebantando as paradas americanas e mundiais com os sucessos “Deja Vu”, “Ring The Alarm” e “Irreplaceable”.

A cantora já ganhou 10 prêmios Grammy Awards em toda sua carreira e é considerada uma das maiores revelações do R&B. Recentemente, foi indicada para o Globo de Ouro como melhor atriz pelo filme Dreamgirls em sua recém-iniciada carreira filmográfica.

Em 2008, a cantora lança um novo álbum: "I Am... Sasha Fierce", cujas músicas de trabalho foram "If I Were a Boy", "Single Ladies", "Halo" e "Diva".





Postado por Icaro dias



sábado, 13 de novembro de 2010

Situação na África do Sul preocupa comunidade lusa

O número de cidadãos caucasianos que tem deixado a África do Sul sofreu um aumento considerável ao longo dos últimos anos, mas os portugueses contrariam a estatística: apesar de procurarem mais os serviços consulares no país, não têm apostado na repatriação de bens.

Um estudo desenvolvido pelo First Nacional Bank, uma das entidades bancárias mais importantes da África do Sul, aferiu que, nos últimos anos, os cidadãos de raça branca têm revelado tendência crescente para sair do país.

À luz do estudo, a intenção de emigrar como motivo apontado pelos clientes que puseram as suas casas à venda em 2007 e no primeiro semestre deste ano aponta para o aumento da tendência de abandono do país por parte dos cidadãos brancos. Enquanto em 2006/2007, “emigrar” era a razão apontada por apenas nove por cento dos que colocaram casas no mercado, em 2007/2008 aquela razão foi referida por 18 por cento dos clientes do FNB que venderam propriedades.

De acordo com a Comunicação Social local, cidadãos brancos de várias origens têm emigrado, em número crescente, para a Europa, o Médio Oriente, a Austrália e as Américas, apontando como razões da debandada a criminalidade, a recente crise energética que provocou cortes frequentes de electricidade no país, a luta interna pela liderança do ANC (associada a percepções populistas e esquerdistas do novo líder do partido no poder, Jacob Zuma), e o colapso financeiro e político do Zimbabué. Segundo a agência de notícias sul-africana, a comunidade judaica está a debandar em grande número.

O cônsul-geral de Portugal em Joanesburgo (cidade com maior concentração de portugueses) referiu que não tem havido sinais de que a comunidade portuguesa esteja a deixar o país em números anormais. Segundo Manuel Gomes Samuel, “o que se tem verificado é uma maior afluência ao consulado-geral para tratar de documentos nos últimos dois a três meses”. No entanto, garantiu, não têm sido pedidos certificados de bagagem (que permitem repatriar bens sem pagamento de taxas aduaneiras no regresso definitivo) em números anormais. O cônsul-geral disse que o consulado local já tem uma segunda máquina de telemetria, para a emissão de passaportes, e que foi também enviada para Windhoek, na Namíbia, uma máquina do mesmo tipo, para servir a comunidade lusa naquele país

Postado por Vitor Umbelino Umbelino

Negros que conquistaram o Mundo --> Akon

Akon nasceu em  Dakar , capital de Senegal, em 30 de Abril de 1973. Mudou-se para Nova Jersey, EUA, quando tinha sete anos. Influenciado desde criança por seu pai, conceituado percussionista de Jazz, Akon começou a ter contato com o Hip-hop na sua nova cidade. Envolveu-se em um roubo de carro e foi preso. Na cadeia, decidiu abandonar a vida do crime e começar uma carreira musical.

Em 2004, o cantor lança seu primeiro álbum “Trouble”, com os hits “Locked Up” e “Lonely” marcando a sua saída do anonimato. Em 2006, o CD “Konvicted”, nomeado para o Grammy Award, juntamente com o hit “Smack That”, trouxe hits como o já citado e “I Wanna Love You”.

O cantor é conhecido por suas freqüentes aparições em singles de outros artistas, totalizando 130. É o único a conseguir o primeiro e o segundo lugar, simultaneamente, no top da Billboard Hot 100, através dos hits “Don't Matter” e “The Sweet Scape”, com Gwen Stefani.

Postado por Rodrigo Barbosa

Carta da Liberdade


Carta da Liberdade é um documento fundamental da causa antiapartheid na África do Sul aprovado pelo Congresso Nacional Africano, com a participação de Nelson Mandela.
O texto foi elaborado em meados da década de 1950, e aprovado pelo Congresso do Povo reunido em Kliptown, em 26 de Junho de 1955.


Postado por: Icaro

O preconceito no Brasil

        O preconceito racial ainda existe no Brasil isso ninguém pode negar, pois vemos que existem muitas piadas referentes a negros e brancos, é claro que o preconceito racial já não é mais  como antigamente, onde os negros eram escravos, ou a pouco tempo em que tinham a oportunidade profissional quase nula.
     
        Muita coisa mudou em relação a preconceito racial, hoje em dia, por exemplo, existe a cota de negros para universidades que visam ajudar essas pessoas que às vezes não tem oportunidades de conseguirem um diploma universitário, um reflexo do que foi o passado. Hoje se reflete esse passado em faculdades que possibilitam filhos e netos desses negros a conseguirem uma vaga, gera certa polêmica, pois alguns defendem a impressão de que os negros são mais frágeis.
       
       Lojas em especial que vendem moda, muitas vezes não aceitam funcionários negros, não falam diretamente, mas aceitam o currículo sem dar a devida importância.

       Também existe o preconceito de pessoas quando andam pelas ruas a noite que veem um negro vindo em sua direção e cortam volta por imaginar que possa se tratar de um bandido, ainda há muito que ser feito, nosso país é muito democrático e alugares para todos, só que precisamos cortar esse mal racial pela raiz e não deixar que ele domine os nossos filhos e netos, sendo assim o Brasil inteiro precisa lutar contra isso, mostrando que todas as raças são iguais e que não há diferença alguma entre nós. Se aos olhos de Deus não temos diferenças por que vamos pensar isso de outras pessoas brancas como negras?
Preconceito racial é crime!

Postado por Matheus Gomes

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O homem mais Poderoso do Mundo

Protestante e descendente de mulçumano, o democrata Barack Obama é o primeiro negro a concorrer à presidência dos Estados Unidos. Seu nome significa "abençoado" em suaíli uma das línguas oficiais do Quênia. O atual senador democrata nasceu na ilha de Honolulu, no Havaí, quando seu pai, o economista queniano Barack Obama e sua mãe Ann Duham, do Kansas, estudavam na Universidade em Manoa. Após o divórcio dos pais, Obama passou quatro anos com a mãe e o marido indonésio em Jacarta. Aos dez, voltou para o Havaí para morar com os avós maternos.
Adolescência problemática

O candidato contou no livro "Dreams from My Father" que consumia álcool e drogas como maconha e cocaína no período de escola. Durante a campanha, falou com jovens estudantes e admitiu que perdeu muito tempo de sua adolescência no consumo de drogas. Essas atitudes só foram mudar quando, Obama estava nos anos finais da faculdade. O senador se formou em Direito na Universidade de Harvard, em 1991. Em 1992, casou com Michelle Robinson e com ela teve duas filhas, Malia, em 1999 e Natasha, 2001.


Além das aulas de direito constitucional, Obama se dedicou à vida política. Em 1996, foi eleito ao senado de Illinois, que funciona nos estados unidos como o legislativo estadual e reeleito em 2000. Em 2004, foi eleito senador dos Estados Unidos pelo Estado de Illinois.
Propostas de Campanha

Obama propõe a retirada das tropas norte-americanas do Iraque. Mas defende o auxílio financeiro para refugiados iraquianos. Quanto à questão dos imigrantes, o candidato defende a legalização dos 12 milhões de imigrantes que moram atualmente nos Estados Unidos, que estaria atrelada a pagamento de multa e aprendizado do inglês. O candidato democrata é a favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo e também do aborto.

 Postado por Rodrigo Barbosa

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O preconceito nas escolas

A sociedade brasileira caracteriza-se por uma pluralidade étnica, sendo esta produto de um processo histórico que inseriu num mesmo cenário três grupos distintos: portugueses, índios e negros de origem africana. Esse contato favoreceu o intercurso dessas culturas, levando à construção de um país inegavelmente miscigenado, multifacetado, ou seja, uma unicidade marcada pelo antagonismo e pela imprevisibilidade.
Apesar do intercurso cultural descrito acima, esse contato desencadeou alguns desencontros. As diferenças se acentuaram, levando à formação de uma hierarquia de classes que deixava evidentes a distância e o prestígio social entre colonizadores e colonos. Os índios e, em especial, os negros permaneceram em situação de desigualdade situando-se na marginalidade e exclusão social, sendo esta última compreendida por uma relação assimétrica em dimensões múltiplas – econômica, política, cultural. Sem a assistência devida dos órgãos responsáveis, os sujeitos tornam -se alheios ao exercício da cidadania.
Esse acontecimento inicial parece ter de algum modo subsistido, contribuindo para o quadro situacional do negro. O seu cotidiano coloca-o frente à vivência de circunstâncias como preconceito, descrédito, evidenciando a sua difícil inclusão social. Sendo assim, busca-se por meio deste trabalho compreender como são construídas as relações raciais num dos espaços da superestrutura social do país, que é a escola, e como ela contribui para a formação da identidade das crianças negras.
O estudo da interface racismo e educação oferece uma possibilidade de colocar num mesmo cenário a problematização de duas temáticas de inquestionável importância. Ao contemplarmos as relações raciais dentro do espaço escolar, questionamo-nos até que ponto ele está sendo coerente com a sua função social quando se propõe a ser um espaço que preserva a diversidade cultural, responsável pela promoção da eqüidade. Sendo assim, aguardamos mecanismos que devam possibilitar um aprendizado mais sistematizado favorecendo a ascensão profissional e pessoal de todos os que usufruem os seus serviços.
A escola é responsável pelo processo de socialização infantil no qual se estabelecem relações com crianças de diferentes núcleos familiares. Esse contato diversificado poderá fazer da escola o primeiro espaço de vivência das tensões raciais. A relação estabelecida entre crianças brancas e negras numa sala de aula pode acontecer de modo tenso, ou seja, segregando, excluindo, possibilitando que a criança negra adote em alguns momentos uma postura introvertida, por medo de ser rejeitada ou ridicularizada pelo seu grupo social. O discurso do opressor pode ser incorporado por algumas crianças de modo maciço, passando então a se reconhecer dentro dele: "feia, preta, fedorenta, cabelo duro", iniciando o processo de desvalorização de seus atributos individuais, que interferem na construção da sua identidade de criança.
A exclusão simbólica, que poderá ser manifestada pelo discurso do outro, parece tomar forma a partir da observação do cotidiano escolar. Este poderá ser uma via de disseminação do preconceito por meio da linguagem, na qual estão contidos termos pejorativos que em geral desvalorizam a imagem do negro.
O cotidiano escolar pode demonstrar a (re) apresentação de imagens caricatas de crianças negras em cartazes ou textos didáticos, assim como os métodos e currículos aplicados, que parecem em parte atender ao padrão dominante, já que neles percebemos a falta de visibilidade e reconhecimento dos conteúdos que envolvem a questão negra.
Essas mensagens ideológicas tomam uma dimensão mais agravante ao pensarmos em quem são seus receptores. São crianças em processo de desenvolvimento emocional, cognitivo e social, que podem incorporar mais facilmente as mensagens com conteúdos discriminatórios que permeiam as relações sociais, aos quais passam a atender os interesses da ideologia dominante, que objetiva consolidar a suposta inferioridade de determinados grupos. Dessa forma, compreendemos que a escola tanto pode ser um espaço de disseminação quanto um meio eficaz de prevenção e diminuição do preconceito.







Postado por: Victor Augusto

Lei Áurea

Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia . Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.

Os negros, trazidos do continente africano , eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana.  
Apesar desta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outras tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas lentamente.
A partir de 1870, a região sul do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação.
Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos.Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.

Postado por Thiago Roberto


Desigualdade entre negros e brancos diminui

As disparidades entre negros e brancos têm diminuído na educação, mas isso ainda não se refletiu em queda da desigualdade de renda na mesma proporção, indica o quarto Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio(ODM), realizado pelo governo federal.
 Entre a população que trabalha, o rendimento de negros ou pardos melhorou um pouco mais que o dos brancos, e a inequidade caiu. Na população como um todo a pobreza encolheu, mas a redução foi semelhante entre os dois grupos — a desigualdade, portanto, se manteve. Na avaliação do estudo, “os dados indicam a persistência de práticas de discriminação”.
A diminuição do abismo entre brancos e negros (negros ou pardos) não é um Objetivo do Milênio específico — aliás, a ausência de um enfoque sobre as desigualdades em geral nos ODM é alvo de críticas de estudiosos.
No entanto, representantes da ONU no Brasil têm destacado a importância de que as metas sejam atingidas para todos os grupos.
O estudo mostra que a tendência de universalização do ensino fundamental — uma política mais geral, não voltada a determinadas etnias especificamente — beneficiou negros e brancos.
Em 1992, o percentual de pessoas de 7 a 14 anos que frequentavam o ensino fundamental era de 75,3% para negros ou pardos e 87,5% para brancos. Já em 2008, as porcentagens eram praticamente iguais: 94,7% no primeiro caso e 95,4% no segundo.
Um dos efeitos disso foi a queda da desigualdade no analfabetismo. Na faixa etária de 15 a 24 anos, a taxa era de 95,6% para os brancos e 86,8% para os negros, em 1992. Já em 2008 os números eram parecidos: 98,7% para os brancos, 97,3% para pretos ou pardos.
No ensino médio a desigualdade ainda persiste, embora em nível menor. Em 1992, a proporção de brancos de 15 a 17 anos matriculados no antigo colegial (27,1%) era quase o triplo da dos negros (9,2%). Em 2008, a diferença havia caído para 44% (61% entre os brancos, 42,2% entre pretos ou pardos).
Quando se adiciona o componente gênero, porém, a questão se agrava. “As negras frequentam menos as escolas, apresentam menores médias de anos de estudo e maior defasagem escolar”, afirma o estudo.
Se o perfil educacional de negros e brancos ficou mais parecido, poderia se esperar que o mesmo acontecesse com o rendimento. Não é o que tem ocorrido. A distância entre trabalhadores brancos e os negros ou pardos diminuiu, mas ainda é grande.
Em 2008, estes últimos recebiam somente 56,7% da remuneração dos primeiros, enquanto dez anos antes o percentual era de 48,4%. “Tal diferencial se deve, em grande medida, à menor escolaridade média da população preta e parda, que, no entanto, não é suficiente para explicar as diferenças de rendimentos”, afirma o relatório.
O confronto dos dados de 1998 com os de 2008 mostra que, nos dez anos e para todas as faixas de escolaridade, os negros ou pardos sempre estiveram em situação pior na população ocupada. Ao longo desse período, a desigualdade caiu entre quem tem até 4 anos de estudos ( no máximo o antigo primário, portanto) e quem tem de 9 a 11 anos de estudos (ensino médio completo ou incompleto). Mas não mudou entre trabalhadores com 5 a 8 anos de estudos (antigo ginásio completo ou incompleto) e aumentou entre os que têm superior completo e incompleto.
Quando se leva em conta não apenas os trabalhadores, mas toda a população, a desigualdade se mostra estável. O relatório aponta que, em 1990, 37,1% dos negros ou pardos viviam abaixo da linha de extrema pobreza do Banco Mundial (US$ 1,25 ao dia, em dólar calculado pela paridade do poder de compra, que desconta as diferenças de custo de vida entre os países). Em 2008, a proporção havia caído para 6,6% — um recuo de 82% no período. Entre os brancos, a queda foi semelhante (83%): de 16,5%, em 1990, para 2,8%, no ano retrasado.
Os números mostram, portanto, que a proporção de pessoas muito pobres entre os negros é mais que o dobro que entre os brancos. Sob esse ponto de vista, a desigualdade racial abre um fosso de cinco anos entre os dois grupos: a extrema pobreza de negros e pardos de 2008 era a mesma que a de brancos de 2003. Como afirma o estudo, apesar dos avanços “o objetivo da igualdade racial requereria uma queda mais acelerada da pobreza extrema entre negros ou pardos”.

Postado por: Hiago Danilo

Um grande escritor

Machado de Assis



" Considerado o nome mais importante da literatura brasileira, Machado de Assis, nasceu pobre, ficou orfão ainda criança e estudou muito para chegar onde queria. Apesar das tentativas da elite de sua época de embranquecê-lo, sempre teve orgulho de ser negro "

Sua história começou em 1839, no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, durante o Império, quando o Brasil tinha 17 anos como país independente e ainda vivia um dos maiores dramas da humanidade - a escravidão. A vida Machado de Assis trata-se de uma das mais belas demonstrações dadas pela raça humana - ou, melhor dizendo, pela raça negra - de como a genialidade não tem cor e pode, quando aliada a um enorme esforço pessoal, colocar um brasileiro negro de origem humilde ao lado de grandes gênios da literatura mundial .

O menino que nasceu no dia 21 de junho de 1839 ganhou o nome de Joaquim Maria Machado de Assis, escolhido por seu pai, um pintor de paredes negro, e por sua mãe uma lavadeira e portuguesa de Açores. O destino, de início, foi muito pouco generoso com ele : perdeu a mãe muito cedo e o pai aos 12 anos. Com isso, foi criado pela madastra, a negra Maria Inês, que trabalhava como lavadeira. Não bastasse os dramas de infância, o pequeno Joaquim Maria chegou ao mundo numa época de poucos avanços sociais. O Rio de Janeiro daquele tempo carecia de esgoto, transporte, alimentação e sua população era vítima de constantes epidemias. O ensino não era manos precário e a nata da juventude navegava rumo a Universidade de Coimbra e a Europa .



Sua madastra, após a morte de seu pai, havia se mudado com ele para São Cristóvão, também no Rio de Janeiro. Lá, ensinou-o a ler e zelosa, conseguiu mais tarde que ele aprendesse francês com a proprietária de uma padaria. Em troca, o garoto fazia entregas pelas ruas da província. O latim que aprendia na escola pública servia também para o trabalho na Igreja de Lampadosa. Depois que a sacristia fechava, lá ia ele para a biblioteca do gabinete português de literatura deliciar-se com todas as obras disponíveis .


O brasileiro de maior prestígio em nossas letras, em todos os tempos, e tido como o ficcionista mais considerado do idioma lusófono foi o fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, autor de Dom Casmuro , obra reconhecida como de valor inestimável para a cultura nacional, casou-se com a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais, irmã de seu amigo e poeta Faustino Xavier de Novais. A paixão do casal foi maior que a resistência da família da moça e o casamento foi importantíssimo para a carreira do autor, pois além de a esposa ter lhe apresentado vários autores portugueses e ingleses, viveram uma vida conjugal perfeita por 35 anos; morou com Carolina desde 1884 no número 18 da rua Cosme Velho, no Rio, onde permaneceu até a morrer, em setembro de 1908, apenas quatro anos após a morte da esposa .






Postado por: Victor Augusto

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Cotas para negros, nas faculdades

O sistema de cotas para negros nas universidades, adotado pela primeira vez na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em 2001, ainda gera polêmica e divide opiniões. Há vários argumentos contra e a favor, todos bastante sensatos. Nem mesmo o governo brasileiro parece saber que posição tomar e demonstra ambigüidade sobre a questão. Tanta incerteza, no entanto, tem um ponto positivo: a reserva de vagas gera um debate importante sobre o racismo no Brasil, um país onde

o preconceito existe, ainda que de forma velada.
A primeira instituição federal de ensino superior a implementar o sistema de cotas foi a Universidade de Brasília (UnB), que aprovou em junho deste ano um plano de metas para integração racial e étnica. O projeto, que entrará em vigor em 2004, prevê a reserva de vagas para negros e, num percentual menor, índios, durante dez anos.

Um dos autores da proposta da UnB, o professor José Jorge de Carvalho, do Departamento de Antropologia, acredita que o sistema de cotas é a única forma de se resolver o problema da exclusão racial no curto prazo. O preconceito, segundo ele, está presente nas salas de aula. Carvalho passou a defender as cotas depois de testemunhar o caso de um aluno negro prejudicado por um professor, aparentemente por motivos raciais.

"Há poucos negros na universidade e isso dificulta que eles se unam para lutar por seus direitos. É preciso mudar o tipo de relação que existe na academia. E isso só vai acontecer quando houver vários negros lá dentro", afirma Carvalho.
Os dados apresentados pelo professor mostram que a exclusão é perversa: 97% dos atuais universitários brasileiros são brancos, contra 2% de negros e 1% de amarelos. O desequilíbrio, num país em que 45% da população é negra, deixa claro que são necessárias medidas urgentes para inserção do negro no ensino superior. Mas a solução das cotas, a única de caráter prático apresentada até o momento, está longe de ser uma unanimidade.


Postado por: Victor Augusto

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Apartheid

O termo apartheid se refere a uma política racial implantada na África do Sul. De acordo com esse regime, a minoria branca, os únicos com direito de voto, detinham todo poder político e econômico no país, enquanto à imensa maioria negra restava a obrigação de obedecer rigorosamente a legislação separatista.

A política de segregação racial foi oficializada em 1948, com a chegada do Novo Partido Nacional (NNP) ao poder. O apartheid não permitia o acesso dos negros às urnas, além de não poderem adquirir terras na maior parte do país, obrigando os negros a viverem em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico. Casamentos e relações sexuais entre pessoas de diferentes etnias também eram proibidos.

A oposição ao apartheid teve início de forma mais intensa na década de 1950, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), organização negra criada em 1912, lançou uma desobediência civil. Em 1960, a polícia matou 67 negros que participavam de uma manifestação. O Massacre de Sharpeville, como ficou conhecido, provocou protestos em diversas partes do mundo. Como consequência, a CNA foi declarada ilegal, seu líder, Nelson Mandela, foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua.


Principais leis do apartheid
- Proibição de casamentos entre brancos e negros - 1949.
- Obrigação de declaração de registro de cor para todos sul-afriacanos (branco, negro ou mestiço) - 1950.
- Proibição de circulação de negros em determinadas áreas das cidades - 1950
- Determinação e criação dos bantustões (bairros só para negros) - 1951
- Proibição de negros no uso de determinadas instalações públicas (bebedouros, banheiros públicos) - 1953
- Criação de um sistema diferenciado de educação para as crianças dos bantustões - 1953.

Postado por Matheus Gomes

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Herois do negros --> Nelson Mandela

Nelson Rolihlahla Mandela foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento anti-apartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia.

De etnia Xhosa, Mandela nasceu no pequeno vilarejo de Qunu, distrito de Umtata, na região do Transkei. Aos sete anos, Mandela tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai morreu logo depois, e Nelson seguiu para uma escola próxima ao palácio do Regente. Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental.

Em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com escolas que recebiam a maior parte da realeza Thembu, e ali tomou interesse no boxe e nas corridas. Após se matricular, ele começou o curso para se tornar bacharel em direito na Universidade de Fort Hare, onde conheceu Oliver Tambo e iniciou uma longa amizade.

Ao final do primeiro ano, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticas universitárias, sendo expulso da universidade. Dali foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul (UNISA) por correspondência. Continuou seus estudos de direito na Universidade de Witwatersrand.

Como jovem estudante do direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA.

Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa anti-apartheid.

Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180.

Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para a Argélia para treinamento paramilitar.

Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).

No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas anti-apartheid em vários países.

Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.

Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.

Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa. 

Ele se casou três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com as divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.

Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª., a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá.

Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos atacando a política externa do presidente norte-americano Bush. Ao mesmo tempo, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada "46664" - seu número na época em que esteve na prisão.

Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS.

A comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows, que ocorreu em Londres, em julho de 2008, e contou com a presença de artistas e celebridades engajadas nessa luta.



Postado por Rodrigo Barbosa